Ter um escritório de advocacia, mesmo que com apenas um ou poucos profissionais, é um empreendimento. Por isso, além de advogar, é preciso ter em mente de que se está abrindo um negócio e que é preciso ser profissional também em sua gestão. Para ajudar os advogados nesta desafiante empreitada, selecionamos algumas dicas que podem ser cruciais para o futuro do seu escritório.
Gestão financeira para Advogados autônomos
1. Adquira conhecimento
No geral, as faculdades de Direito não preparam seus alunos para serem donos de um negócio. Por isso, se esta é a ideia, é fundamental que o advogado busque conhecimento sobre o tema, seja em cursos extracurriculares ou de especialização, presenciais ou on-line.
Mesmo que exista a possibilidade de delegar esta função para alguma outra pessoa de confiança, o dono do negócio precisa ter um mínimo de conhecimento sobre as boas práticas de gestão financeira.
2. Não misture finanças pessoais com a do escritório
É muito natural, principalmente quando o advogado atua sozinho, achar que todo o valor pago pelo seu trabalho é dele, mas na prática não é assim que funciona. É preciso ter em mente que o dinheiro que entra é da empresa, que tem seus custos de manutenção e investimento que não podem ser desconsiderados.
Por isso, em primeiro lugar, é preciso manter contas bancárias separadas. Além disso, nem todo o dinheiro que entra pode ser transferido para uma conta pessoal. É preciso que se defina um pró-labore mensal (e que se pague impostos sobre ele), além de respeitar o limite anual para realizar a retirada de lucros.
3. Contrate um Contador
A contabilidade do escritório deve ser levada a sério e, desde o momento de abertura da empresa, é importante que se contrate os serviços de um contador. Apesar de o(a) advogado(a), principalmente no caso dos tributaristas, entender sobre leis tributárias e impostos, contar com esse profissional pode ajudar muito a deixar as finanças em dia.
Na correria do cotidiano, o(a) advogado(a) pode acabar deixando de pagar uma ou outra taxa importante, não controlar adequadamente o fluxo de caixa, entre outros fatores que podem trazer muita dor de cabeça.
4. Tenha os contratos organizados
Uma forma de saber exatamente o quanto de dinheiro está entrando no escritório é ter todos os contratos organizados e os valores listados, por exemplo, numa planilha de Excel. Para que os contratos sejam facilmente encontrados e devidamente armazenados, vale apostar na tecnologia da assinatura digital – a qual, ainda por cima, permite que os contratos sejam formalizados com total validade jurídica muito mais rapidamente, sem vaivém e gasto de papel.
Para isso, o advogado pode usar tranquilamente o mesmo Certificado Digital utilizado para peticionar on-line. Para assinar digitalmente, basta acessar o Portal de Assinaturas, submeter o documento desejado na plataforma.
5. Faça um planejamento estratégico
Outro erro que acostuma acontecer com frequência entre advogados empreendedores é não planejar o que desejam para o seu negócio. É fundamental elaborar um bom plano com objetivos estratégicos que considere curto, médio e longo prazo.
Desta forma, é possível dimensionar quais devem ser os esforços de cada membro da equipe, além de preparar o escritório financeiramente para isso.
6. Mantenha um controle financeiro periódico
Estabeleça um período para realizar o controle de tudo que entre e sai do caixa: pode ser diário, semanal, quinzenal ou mensal, de acordo com seu fluxo de caixa.
O importante é que todo mês esta tarefa seja realizada para que as contas possam fechar adequadamente e não ocorram erros nos lançamentos contábeis.
7. Pense no futuro
Também é importante olhar para frente e, além das entradas e saídas, planejar o que deve ficar no caixa da empresa. É possível, por exemplo, estipular que uma porcentagem fixa por cliente fique sempre neste fundo, o que será muito útil para fazer investimentos no escritório, de acordo com o planejamento estratégico.
Tão importante quando advogar bem é organizar as finanças de seu escritório, ajudando assim a promover um crescimento sustentável do negócio.
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